16.11.08

Poemas de Antonio


Fiz um amigo quando trabalhei em Brasília. O Antonio me dava carona quase todos os dias de manhã cedo para o serviço. Trabalhávamos dentro do Zoológico e, nesses dias de carona, chegávamos quase 1 hora antes para que Antonio cuidasse de seus macacos bugis numa pesquisa da universidade. Ali também fiz um amigo macaco-da-noite, que não conseguia dormir de dia, porque estava preso numa jaula de 1m³. Ele gostava do meu anel de pedra fluorescente. Mas Antonio sempre conversava sobre assuntos líricos. Não me surpreendo agora. Descobri que ele escreve.

quando o brilho do olho acende o brilho do resto

poema que é poema ninguem lê até o final verdade é, que ainda no primeiro verso, ou já o poema é outro ou já quem lê é outro porque meus olhos ainda vão mudar o mundo nem que seja só o meu



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1 comment:

Anonymous said...

Fiz uma amiga que veio trabalhar em Brasília. Os percursos e os percalços mudaram, mas a carona e o macaco-insone que mora na quitinete, continuam aqui... Sempre!

Muito obrigado Cons!